A eletricidade como dimensão simbólica

A eletricidade como dimensão simbólica

Energia elétrica mudou o ritmo de vida da Humanidade

Pouca gente presta atenção na eletricidade no dia a dia. Para quem possui acesso à energia elétrica desde que nasceu, ela é um dado da realidade que passa despercebido. No entanto, segundo Paulo Knauss, historiador e diretor do Museu Histórico Nacional (MHN), para além da dimensão prática, a eletricidade apresenta uma dimensão simbólica, cuja preservação é fundamental para o conhecimento da história moderna. É sobre essa face da eletricidade que Knauss falará em sua palestra, marcada para 25 de outubro, primeiro dia do Encontro Internacional sobre Preservação de Memória no Setor de Energia Elétrica – Preserva.ME 2018.

“A força da luz é uma presença simbólica antiga entre nós. Nas religiões, é comum a força divina ser representada pela luz.  Na história do pensamento, a luz é sempre pensada como aquilo que ilumina as ideias, estimula, abre a mente”, diz o historiador, lembrando que, com o surgimento da energia elétrica, até a dinâmica das relações mudou na sociedade. “A luz transformou a vida das pessoas que passaram a viver de noite. Antes elas não podiam viver de noite porque no escuro era muito difícil, por exemplo, se reunir e compartilhar momentos. Por isso jantares eram mais cedo, o cotidiano da vida costumava terminar mais cedo. A luz transformou isso”, conta.

Paulo Knauss acredita que o momento que o país atravessa exigirá muita competência dos gestores de espaços de preservação de memória. “As instituições de preservação de bens culturais estão colocadas em xeque, sendo testadas pela sociedade, talvez mais do que nunca. E isso exige dos gestores muito bom senso e serenidade e ao mesmo tempo, capacidade de ação”, afirma

O Preserva.ME 2018 terá como tema “Museus: novas experiências e reflexões” e será realizado no MHN (Praça Marechal Âncora, s/n, Centro, Rio de Janeiro), nos dias 25 e 26 outubro. As inscrições para o evento são gratuitas – inscreva-se.

 

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